sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O Privilegio de conviver com D'Alessandro!


Texto: Lucas Collar
Foto: Ricardo Duarte

O torcedor do Inter é privilegiado. Eu, por torcer para o Inter, sou privilegiado. Mas tem privilégio que poucos podem ter. Eu não tive a oportunidade de assistir o Inter da década de 70, que escuto somente por histórias contadas de forma emocionante pelo meu pai. Fui um privilegiado de ver Fernandão mudar a história do Inter e, ainda por cima, sou um cara que tem o prazer de ver a história de um dos maiores jogadores do clube sendo escrita, dentro de campo, com a perna esquerda e sob meu campo de visão.

D’Alessandro escreve uma história linda no Inter: desde a sua chegada, que já foi uma das maiores recepções a um jogador no Salgado Filho, passando pelos inúmeros títulos estaduais, clássicos, Sul-Americana, Recopa e a Libertadores da América. Mas nem só de títulos estou falando. Falo de idolatria, respeito ao clube, torcedor e vestir a camisa com poucos jogadores vestem no cenário atual do futebol com transações milionárias  e pouco vínculo.

O nosso capitão faz em campo tudo o que torcedor colorado gostaria de fazer se tivesse em campo. Briga por cada bola, luta por cada espaço de campo, discute pelo time contra adversários, arbitragens ruins e pelos nossos interesses. Além de ser mágico: são 100 assistências e 85 gols em praticamente 400 jogos. E detalhe: melhorando cada vez mais mesmo que alguns insistam em dizer que está velho, ultrapassado e que deveria falar que está cansado por conta dos 36 anos.

Eu, além de ter o privilégio de ter visto algum dos maiores nomes da história em campo, também tenho a oportunidade de acompanhar o dia-dia do time. E posso afirmar categoricamente: D’Alessandro trabalha e muito.  É um dos que puxa a fila dos trabalhos físicos, está sempre orientando o time nos treinos sendo praticamente um auxiliar do Odair dentro de campo e se esforça. Treina como se fosse  jogo e joga como se fosse decisão. Independente de contra quem seja e por qual competição valha.

D’Alessandro é um monstro. E não só pelas três assistências contra o Juventude. Não só por mais um brilhante começo de ano. Não só pela falta que fez em 2016 e pela alegria que deu aos torcedores do River Plate. Mas  por tudo que fez, faz e ainda fará pelo Inter. Somos privilegiados e devíamos agradecer por D’Alessandro ter escolhido defender o vermelho e o branco.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A comparação inevitável que demoramos a fazer: 2013/2016




Texto: Rosita Buffi
Foto: Arquivo Blog


Hoje completa 5 anos do primeiro gol de D’Ale em 2013. Era jogo contra o Caxias, que fora adiado por conta da terrível tragédia da Boate Kiss. Estávamos naquele jogo, era um calor insuportável na Serra, seguido de temporal, com chuva até os joelhos em plena arquibancada. O campo encharcado, mas mesmo assim a vitória veio.


Era o primeiro de uma série inédita de 20 gols, que muito contribuíram para que não fossemos rebaixados naquele ano no Campeonato Brasileiro.
D'Ale teve um ano pessoal majestoso. Entrava e resolvia, acertava tudo, além de belas assistências. Foi um ano bem difícil para os colorados, sem casa, jogando com os mandos de campo em Caxias e com viagens intermináveis. O Blog acompanhou todos os jogos possíveis: Gauchão, Copa do Brasil, e Campeonato Brasileiro. Também foi o ano que nos aproximou do ídolo, estabelecemos ali nossa amizade e parceria, que dura até hoje.

2013 foi para D'Alessandro uma mistura de superação, liderança e cansaço. Seu desempenho e intensidade emocional em campo motivava os companheiros e a torcida. Mesmo com resultados negativos, ele não se deixava abater, e terminou aquele cansativo ano como o melhor jogador estrangeiro no país, recebendo o prêmio EFE, concedido pela Agencia Internacional de Noticias, já tendo sido entregue em outras ocasiões para nomes como Leonel Messi e Cristiano Ronaldo.


Foi uma coroação ao seu desempenho extraordinário em campo, imbatível até hoje:
•59 jogos
•5180 minutos
•20 gols
•14 assistências

D'Ale sempre soube que em campo o comprometimento deve ser 100% e que deve honrar o manto mesmo nas adversidades. A maior prova disso é que esse ano de 2013 ficamos abaixo do esperado, mas D'Ale chamou a responsabilidade e podemos afirmar que graças a suas atuações individuais, e a sua liderança com o grupo no vestiário e em campo, conseguimos nos livrar de um resultado pior.

Revendo 2013, pergunto:

Ainda tem alguém que acha que em 2016 cairiamos com ele em campo?

domingo, 11 de fevereiro de 2018

D'Alessandro 2018: evolução em campo e idolatrado na arquibancada!



Texto: Lucas Collar
Foto: Carlos Macedo ( Agencia ZH)


O ano de2018 no Inter, enfim, deve apresentar uma maior tranquilidade. Depois de um ano turbulento como 2016, refletindo algumas coisas, por óbvio, em 2017, o clube segue algumas ideias interessantes e que geralmente são pilares importantes em times que conseguem resultados positivos. É claro que o processo ainda será longo, visto o estrago que realizaram em um clube grande como o Inter, mas posso dizer que o pior já passou.

Se compararmos o começo de ano em 2018 com 2017, já é possível ver uma boa diferença. Diferente do ano passado, aonde o Inter vinha de um rebaixamento e se preparava para o ano mais difícil da sua história, com uma reformulação praticamente total do grupo, 2018 nos mostra uma manutenção de elenco, time e trabalho. E isso é um dos passos mais importantes para que as coisas comecem a dar certo com o entrosamento necessário, além da presença do Odair Hellmann, que conhece o grupo e não precisará de um tempo maior de adaptação.

A belíssima atuação diante do São José, na última quinta-feira, é uma prova de que as coisas estão no caminho certo e que precisam de paciência para dar certo. O Inter, enfim, tem uma filosofia de jogo e é possível ver um trabalho por trás das inúmeras jogadas combinadas, trabalhadas e chances criadas. D’Alessandro, por exemplo, tem maior liberdade no sistema ofensivo e está ajudando demais na saída de bola. Aliás, o “velhinho”, apareceu na área do Inter dando carrinho para desarmar o ataque adversário.


Por falar em D’Alessandro, ele se mostra cada vez mais fundamental ao time. Além da grande falta que fez em 2016 dentro e fora de campo, parece não ter mudado praticamente nada na virada do ano. Líder de assistências no ano passado, o capitão tem sido muito participativo em 2018 já tendo feito uma pintura contra o São  José e uma assistência em quatro jogos. Além disso, são quase 30% em participação nos gols do time neste ano.

Por vezes ainda não temos a percepção do tamanho do tempo que estamos vivendo. Nós, torcedor colorados, somos privilegiados de ver um atleta como D’Alessandro, o mais velho do elenco, puxando fila fisicamente, brilhando tecnicamente com dribles, assistências, gols e, além de tudo, fazendo o papel de um ídolo identificado com o clube sendo um anexo da arquibancada dentro de campo seja no Beira-Rio ou longe de Porto Alegre.
Por isso, é possível sim acreditar que as coisas podem ser  bastante promissoras em 2018. Até porque quando se tem um craque como D’Alessandro no time exercendo um papel de liderança que tanto nos faltou em 2016, as coisas ficam mais fáceis.