terça-feira, 21 de junho de 2016

D'Alessandro: "Seguem me chamando de Andresito"



Andrés D'Alessandro: "Seguem me chamando de Andresito".

Aos 35 anos, 13 depois de sua saída do River, el Cabezón apostou no grande desafio de sua volta. Acha que são normais a desconfiança da torcida, acredita que começa do zero e afirma convencido: "Tenho fome de títulos".

River Plate

"Foi aqui somente, com o auxiliar, me lembro bem", assinala com os olhos, movendo levemente para frente e apontando para a para o outro lado da porta de entrada do espaço vip do estádio do River, sem soltar o mate, que convidara com generosidade durante a hora da conversa, com o Monumental nas suas costas.

- O problema não foi com o Tolo, mas com seu professor. Havia terminado o treino, eu queria ficar chutando faltas e ele não deixou.

O que fizeste?

- Falei pra ele que era uma barbaridade, peguei 3 ou 4 bolas que haviam e fui chutar igual.

E então?

- Me excluiu, me mandaram uns dias para treinar com os suplentes e depois voltei a treinar com os titulares

Sempre foi cabeça quente, D'Alessandro. No sentido exato da palavra, e isso esteve na cara desde quando era menino, a tal ponto que seu pai Eduardo colocou o apelido sem pensar muito. E no sentido figurado também: era dos que contestavam os grandes quando o batiam, ou um dos que se anojavam com os treinadores quando não deixavam ele bater faltas depois do treino.

- Agora também faço, mas  não me excluem mais.

Segue com a cabeça grande o garoto que entrevistamos, mas talvez os anos, quem sabe viver longe do país e da família, seguramente a paternidade, lhe apaziguou o caráter, o convertendo em um ser mais dócil, menos brigão, mais sensível, menos impulsivo. Em um homem de lágrima fácil, também.

É segunda pela manhã. Andrés chega no clube as 10 hs em ponto para a entrevista, enquanto seus companheiros estão regressando de Bahia Blanca, depois da vitória sobre o Olimpo. O treino está marcado para as 11:30, assim haverá tempo para conversar, só faz falta uma boa companhia. 
"Busco o mate e vou para lá", avisa depois do cumprimento, enquanto entra no vestiário.
 Anda com um abrigo esportivo que chega até a canela.
Não parece ter 35 anos, ainda que tenha completado a 3 dias, no que, o programa de TV de Jorge Lanata chamou de "Dia D... apostrofe". É que no dia 15 de abril fazem aniversário D'Onofrio e D'Alessandro, el presidente e o craque. Vamos conversar

- Meteu o gol no The Strongest e tapou os olhos, o que estavas sentindo?
- Primeiro, alivio, mais que nada por tudo que se estava dizendo. E tranquilidade, porque ainda estou me adaptando, e não é fácil, encontrei um futebol muito diferente. E se passa essa partida, ia ficar uma bola de neve grande. Apesar de tudo, superar a lesão muscular,  evidentemente voltar ao monumental, contra o Godoy Cruz, deixou marcas no meu emocional. Já havia acontecido o mesmo quando vim jogar com San Lorenzo em 2008, pelo campeonato argentino: dei um pique aos 15 minutos e tive que sair...

- "Con D'Alessandro, River no ganó". Escutou isso?
- Sím. Por um lado não tem nada a ver, mas por outro eu dizia pra mim mesmo: "Filha da p* , voltei, e já se vai 4 ou 5 partidas sem ganhar, por que!?". Sei que não é responsabilidade só minha, mas te machuca.

- Que imagem apareceu primeiro na comemoração?
- Foi emocionante, as imagens de muitos anos atrás, de haver me criado nesses corredores desde de muito menino, com 8 anos. E tu consegue acreditar que meu primeiro gol com esta camiseta, contra o Estudiantes, foi quase idêntico? Aqui no Monumental, mas nesta goleira (olha pra trás, aponta a área que está mais próxima de nós), entrando pela direita. Recebi um pivô do Burrito Ortega e finalizei de bico na primeira trave. É o destino, não? Por que não tenho muitos gols de bico na minha carreira e os dois primeiros, naquela etapa e nesta, fiz assim.

- Sentiste alivio porque queres demonstrar que está bem?
- São muitas coisas que as pessoas devem pensar. Tenho 35 anos, me fui com 22, é muito tempo, me parece normal que tenham duvida de se perguntar: "como estará?" "Para que veio?"

- Estás meio chorão? No teu primeiro gol quase te desmancha; na coletiva de despedida no Brasil chorou...
-Estou mais sensível, antes não era assim. Ser pai me mudou muito. Tudo bem , mas ainda que as vezes me dá vergonha. Não gosto de me ver assim. Nem chorando, nem jogando pouco. Minha forma de correr... nunca gostei de ver depois das partidas pela TV.

- Estavas preocupado como iam te receber o pessoal do River?
- É, preocupado não, mas a verdade, me surpreendeu. Porque esperava algo mais frio e me receberam com muito carinho, sobre tudo nos corredores do clube. Isto é  genial  no River. Desde o Gordillo, que foi o tecnico e que me deu continuidade na base até Dario Olmos, que era dirigente de futebol amador quando eu era muito menino, os roupeiros, gente que trabalha no clube a muito tempo...
Estamos todos mais velhos, mas se lembram de cada detalhe das coisas, seguem me chamando de Andresito. Tudo isso me deixou muito feliz.

El Grãfico


- Havia vindo ao clube depois de jogar no San Lorenzo?
-Uma vez contra Patronato, ao fim de 2011, com River 1-0. Vim com Saviola, entrei meio escondido. Não com medo, mas sim com respeito às pessoas, porque não sabia como podiam chegar a me receber. Foi minha unica visita ao Monumental. 

-No estádio do Argentinos Jrs ia mais seguido...
-É que moro a duas quadras, sempre escapei no bairro para ir ali.

- Mas tu tinhas vontade de vir ao Monumental?
-Obvio. Não sabia o que poderia acontecer. Não  que eu tinha certeza que iriam me xingar, mas por via das duvidas, não queria forçar uma situação feia e evitável. Agora se deu tudo muito bem e naturalmente. A verdade é que estou agradecido, porque  o torcedor fanático de repente não entendeu a mensagem daquela noite de 2008, ou se bloqueou e não a quis ver. Nesse momento eu necessitava voltar ao país porque queria que meu filho nascesse aqui. Já haviamos passado mal com o nascimento da minha filha na Inglaterra, decidimos voltar e a primeira coisa que fiz foi chamar o Aguillar. "Não há problemas, resolvemos", ele me disse. Mas desapareceram e não me chamaram mais. E quem se interessou foi o San Lorenzo.

- Não insistiu com o Aguillar, nem perguntou mais pra ele como tudo seguia?
-Não, já estava decidido: Lhe falei uma vez e ponto. Nunca fui aonde não me quiseram. Passou uma semana, não me chamaram, Tinelli se comunicou, todos os dias viajou para Espanha para finalizar e pronto. Foi tudo muito claro.

- E agora quem deu o primeiro passo: você ou River?
- Viu que quando tem que dar? Nesses casos no há possibilidade acontecer erros.

- Mas um faz a primeira chamada...
- Eu tinha contrato no Inter. As pessoas me amam, e o clube nunca me deixou sair. Em 2011 tive uma proposta da China e nesse momento o Inter renovou outro vez.
Tive três renovações. Foi demostrações de carinho, de me dizer: "esta é tua casa, fique", e isso dificultou minha saída para qualquer lado, não só pro River

- E porque mudou tudo?
- Houve um desgaste normal. Assim, quando as coisas estavam boas a culpa era minha, quando estavam mal também. Eu poderia ter ficado, mas não sou dos que fazem de indiferente, ainda tenho esse fogo dentro, essa vontade de seguir ganhando. E como River realmente mostrou interesse, nem pensei. No River eu nasci, foram quase 15 anos, ainda que pouco no profissional e só ganhando títulos nacionais, a diferença do Inter é que ganhamos tudo em 8 anos. São duas coisas diferentes, mas sei que sou daqui e que todo que tenho e que eu fiz na minha carreira é graças ao River, o clube que me formou.

-Quem chamou primeiro: você ou Enzo?
-Com o Enzo sempre conversei, mantive a relação nesses anos, como a mantive também com Heran Diaz e Leo Astrada, ou com o Chacho Coudet e Ortega, com Almeyda, e não tanto falando de futebol, mas sim da vida. Você sabe minha história de gandula, as fotos que tirei com vários, em especial com o Enzo.

- Sentias que já não voltaria?
- A medida que passava o tempo, o via como mais difícil. Pela idade. Graças a Deus não sofri lesões importante e entrou essa gente que arrumou o clube e isso ajudou muitissimo. Tinha uma chance avançada de ir aos Emirados, mas quando o Enzo me comentou que as portas do clube estavam abertas, pedi pro Matias Aldao, meu empresário, que se juntasse com o presidente para saber se havia interesse concreto ou se era como sempre.

- Aqui ficamos sabendo no dia de concretizar...
-Por isso deu certo as coisas. Porque se trabalhou assim, entre 2 ou 3 pessoa, com Rodolfo e Enzo, de uma maneira muito profissional. O único que pedimos foi isso, por respeito ao Inter. Depois, o dinheiro não foi problema, se não nem teria pensado em voltar a Argentina, onde se ganha muito menos que no Brasil ou nos Emirados. Logo, só faltava uma coisa...

-Gallardo?
-Claro. Marcelo me chamou, queria saber como estava minha cabeça, me disse que fisicamente não precisava me ver porque havia me visto nos últimos meses. E foi muito sincero. "Olha, tu chegas do zero, é um mais.", me explicou. Deixei claro que estava com fome de ganhar coisas, os títulos internacionais que não tive a sorte de conseguir no clube.

- Te lembras da eliminação contra o América de Cali em 2003?
- Claro, e quero me matar, esse ano sentíamos que poderíamos chegar, que tinhamos equipe, havíamos eliminado o Corinthians....

- Quando falas de Francescoli você diz "el" Enzo...
- Como se eu fosse o menino que entregava a bola, não? (risos). Acontece que eu vivi a época muito de perto. É uma pessoa simples, te trata como qualquer um, mesmo com tudo que significa para a história do clube.

Um pausa durante a conversa. Como no campo, quando recebe a bola, para clarear o panorama. Toma uns segundos e pensa bem no que disse. E como o disse.

Sim, Francescoli o admirou ao lado do campo, Ortega o pode disfrutar como companheiro.

- Ortega eu encontrei num treinamento em Ezeiza. Ele estava com a base, vinha com um bolsa de bolas e eu gritei atrás: "hey, traga uma bola, tchê!" (Parece que este garoto não pode ficar sem chutar uma bola). E Ortega em seguida se deu conta: "Para, respeita" e depois demos um abraço e ficamos conversando. Com Ortega nunca perdi o contato, como te falei.

- E com Gallardo?
- Com Marcelo só compartilhei alguns treino na seleção. Em 99, quando ainda não tinha chegado na reserva do River, Bielsa me levou para uma turnê pela Espanha. Vários  garotos chegavam perto para conversar, Marcelo era um.

- Teve que marcar ele?
- Não, não, porque jogávamos na mesma posição. Pra mim sobrava trabalhar com os defensores titulares. Sofria bastante...

- Quem te deu a porrada mais forte?
-Ali estavam Chamot, Pochettino, Vivas... esses eram duros. Zanetti e Juampi muito bons, tranquilos, treinei com Redondo, com o Cholo Simeone, outro duro...

- Te batiam e tu reclamava?
- Não, na seleção não, eu era muito menino.

- No River sim...
- Aqui sim, reclamava (risos) ou fazia cara feia. Ou dizia "quer me bater, tchê?". Aqui vários me bateram.

- Quem foram?
- Aqui sofri com Trotta, Leo Ramos, Hernan Diaz. Leo e Hernan me batiam e depois me davam a mão para me levantar. Mas os outros, me batiam e me deixavam atirado (risos)... Me ensinou muito tudo isso, são coisas que te vão lapidando, porque não deixa de existir esse instinto. Para mim fez bem, para saber os limites, como tu tens que te comportar com as diferentes situações, como tu tens que respeitar os mais velhos quando sobe pro profissional. Eles nos ensinaram bem. Hoje tudo mudou.

- Gallardo te pede para ficar na direita ou tu vai naturalmente?
- Eu vou, antes eu ia quase sempre pelo meio, mas o futebol argentino está mais físico, mais rápido, se joga menos e se corre mais, se pega mais e há que tratar de buscar mais espaços porque não tenho velocidade igual antes, depende tudo muito mais da decisão rápida em minha cabeça.

- NO Brasil tu jogava parado na direita?
- No Brasil joguei muito tempo na direita. Com Dunga e Abel Braga não tínhamos meia de ligação.

- Teve o Dunga como treinador?
- Sim, até hoje tenho uma relação muito boa, fazemos muitas coisas sociais juntos para as crianças. Sempre torço por ele. Me parece uma cara simples, ganhador, que não faz rodeios. A mim me tratou super bem, até uma vez me pediu na seleção brasileira, e nós rimos... No Inter jogamos dos anos seguidos sem meia de ligação e eu jogava na extrema direita, então ficava com o campo pra dentro. Se tenho que fazer um cruzamento com a direita, posso fazer né (risos), mas pela esquerda me sinto fechado contra a linha lateral.  Já não sou mais um jogador de velocidade que posso correr e cruzar.

- Chegar a uma equipe que ganhou tudo não deve ser fácil. A fome vai se perdendo, muitos querem sair...
- Aconteceu comigo no Inter, onde ganhamos tudo.  Só equipes incríveis como o Barcelona podem conseguir manter-se no topo por tantos anos e mesmo assim, tem  suas baixas. Mas estamos tentando. Manter a identidade que o River mostrou na Sul-americana e na Libertadores: uma equipe guerreira, dura, não que vá contra a história do clube, mas sim mostrando outras coisas que muitas equipes do River não tiveram. Eu sinto que começo do zero, os campeonato que ganhei no clube são historia. Voltar é um desafio enorme para mim, mostrar que estou pronto, que tenho fome...


- Quem tem mais rivalidade: o argentino com o brasileiro ou vice-versa?
- Me parece que nós contra eles. Tantos jogadores argentinos que se destacaram no Brasil nos últimos anos fez que nos respeitasse muito mais. Sempre gostaram de jogadores argentinos, como nós os brasileiros, mas essa rivalidade que existia entre equipes e seleções baixou muito. Eu me senti muito repeitado e querido lá.

-Encaram o futebol de outra maneira...
-Eles não tem tanta raiva, é certo. E um ponto que reconhecem que o jogador argentino tem algo diferente, que lá chamam de raça, por isso não querem jogar contra nós.

- De verdade, Andrés, pensavas que já não ia voltar ao River? Porque tu não tem muita tempo...
- Ia se complicando é claro. Mas não quero me por prazos, mas de repente jogue mais 3 ou 4 anos, eu me cuido bastante.

- Vais jogar até os 39?
- Ainda me falta jogar de segundo volante um tempo, ao lado de um volante que corra (risos). Tem que ver, de repente o ano que vem me canso, o futebol tem essas coisas, mas 2 ou 3 anos, tenho quase certeza.

- No fim do ano voltas ao Inter?
- Tenho contrato até dezembro de 2017. No Inter tem eleições no fim do ano e verei o que acontece no clube, depende um pouco de como me sairei no River este ano.

- Há possibilidades que permaneça aqui?
- Está tudo aberto. Devo voltar ao Inter no final do ano e depois veremos. Mas não quero pensar tão a frente, mas sim desfrutar o presente, o River, o meu clube. Foram 13 anos vendo de fora, por que vou apressar?

- Tens claro o futuro depois da aposentadoria?
- Suponho que seguirei trabalhando no futebol. Técnico pode ser, eu gostaria, vou começar um curso. Ou diretor esportivo, no Inter já falei com varias pessoas. Veremos. No principio, minha ideia é viver em Porto Alegre, meus filhos pedem isso encarecidamente.

- O que dizem teus filhos do cavanhaque?
- O bebe não gosta, meio que machuca ele. É a unica barba que cresce, na realidade, nos lados não sai nada de verdade.

- Tens filhos de todos os países...
- Sim, minha casa parece as nações unidas. Martina tem 10 anos e nasceu na Inglaterra, Santino, de 8, é daqui e Gonzalo, que tem 8 meses, é Brasileiro. Minha menina gosta de futebol, e ia em uma escolinha em Porto Alegre, o menino o mesmo. São diretos os dois e já vieram no Monumental, encantou eles. A camiseta de River já tinham por meus amigos, mas como não viveram a minha época aqui, mais ou menos eu expliquei pra eles algumas coisas que vivi aqui, alguns vídeos de quando era menino. Ficaram olhando, sem acreditar.

El Grafico

- O dia da tua apresentação oficial tu tirou a camiseta para impressionar um pouquinho com teus abdominais, vai dizer que não?
- Não, não, foi casualidade, mas bom, aproveitamos para mostrar que não estava gordo, nem nada.

Encerra com seu selo Andrés, relaxado, mais dócil, menos brigão, mais sensível, menos impulsivo, um pouquinho menos cabeça quente, mas com a magia do gramado intacta. Assim no campo como na conversa.

Gandula Andresito.

O que estava de jaqueta bordo, buscando participar do bolinho de jogadores depois do 3 a 3 contra o Boca (gol de Celso Ayala, Clausura 97) é o pequeno Andrés.
" Sim, me recordo bem, até tive que me agachar porque o Burgos estava vindo voando para aterrizar ali. Com meus companheiros, nos brigávamos para alcançar as bolas perto do banco, ali era bom para conhecer os jogadores e o técnico, para ver quando eles entravam e saiam do vestiário, para tirar fotos. Assim consegui a que tenho com o Enzo. Atrás do gol saias nas fotos quando havia gol, mas era melhor perto do banco. E o pior era do lado Belgrano: ali não havia faixas, ficava longe de tudo". Estrategia pura. Sobre os jogos preferidos: " Tive muita sorte, porque fui gandula na Libertadores, na Supercopa e no tricampeonato, peguei todo os títulos de Ramon, não posso me queixar. O dia que ganhamos a Libertadores em 1996, invadi o campo para ver se conseguia algo, era uma loucura... Acredito que consegue uma venda, que tive que arrancar dos pés, não me recordo de quem. Davam liberdade para nós pedir aos jogadores, obviamente não podia incomodar muito, mas eles nos conheciam pela roupa e porque sempre eram os mesmos, Saviola também estava".

Coincidencias

D'Alessandro tem vários pontos de contato com Gallardo. Não só o talento e a função no campo, mas também por ser aconselhado por um dos grandes maestros que o River teve na sua base: Adolfo Pedernera. "Tive a sorte de estar no infantil com esse homem que vinha muito seguido para conversar. Para mim significou muito, nos dizia que devíamos pensar somente em jogar futebol, que nunca tínhamos que jogar sem alegria, coisas fáceis, mas quando se é muito menino é preciso que alguém lhe diga. Isso ficou gravado pra sempre em mim". Gallardo também resgata com emoção ao meio campo de "Lá Maquina". Outros pontos de contato de Marcelo Gallardo e Andrés? Os dois jogaram em Estrella de Maldonado, um dos clubes de criança mais respeitados na FAFI (Federacion Amistad de Futbol Infantil), chegaram no River com um ano de diferença (Andrés é 5 anos mais novo, mas chegou aos 8 anos, menor que Gallardo), foram treinados no inicio por Gabriel Rodriguez e Titi Montes, ambos tem 3 filhos e um deles se chama Santino.

4 comentários:

  1. É uma lenda o nosso amado capitão e nosso ídolo mais do que nunca,amo de paixão !!!! Fiona da fronteira Sueli !!!!

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  2. Muito boa a matéria,minha amiga!O D'Ale é uma pessoa extraordinária,caráter,cidadão,e tem uma família adorável!Tem que voltar ao Inter,e como ele mesmo disse,quer trabalhar aqui no Inter!Tomara que tudo isso aconteça,pois a torcida dará a maior recepção já dada á algum jogador de futebol!Acredito nisso!Só não acredito muito são nos dirigentes,que falharam com D'Ale,mas isso é outro assunto!Abraços!!

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  3. Veio a Cruz Alta na festa do consulado, é incrivel tu ver e conversar com teu ídolo, apertar a mão e abraçar, uma pessoa simples como mesmo ele fala de seus ídolos e ex companheiros, sem delongas tratou da mesma maneira milhares de colorados e esse desgaste que ele falou nunca será lembrado no inter, pois ganhou tudo e se tornou nosso maior camisa 10, ultrapassando seu ídolo Rúben Paz e outros craques. Volta D'ale, Andresito, te faremos Eterno pois és Andrés Nicolás D'alessandro e por isso meu filho saberás quem foi este jogador...

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  4. Veio a Cruz Alta na festa do consulado, é incrivel tu ver e conversar com teu ídolo, apertar a mão e abraçar, uma pessoa simples como mesmo ele fala de seus ídolos e ex companheiros, sem delongas tratou da mesma maneira milhares de colorados e esse desgaste que ele falou nunca será lembrado no inter, pois ganhou tudo e se tornou nosso maior camisa 10, ultrapassando seu ídolo Rúben Paz e outros craques. Volta D'ale, Andresito, te faremos Eterno pois és Andrés Nicolás D'alessandro e por isso meu filho saberás quem foi este jogador...

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