ÍDOLO ALÉM DAS 4 LINHAS
A aproximação a um ídolo pode servir para aumentar ou simplesmente
desfazer, em poucos minutos, toda admiração por ele.
Na última terça-feira (24/5), tive a oportunidade de passar algumas
horas na companhia de um dos maiores ídolos que tenho:
Andrés Nicolás
D'ALESSANDRO.
Desde que recebi o convite das amigas Cristiane (Kika) e Rosita
(Zita), fiquei na expectativa. Para temperar ainda mais, dias antes do
encontro, perguntei à Zita se teríamos espaço para passar alguma
mensagem a ele e recebi como resposta: "tu falarás em nome do grupo".
Que baita responsabilidade!, pensei.
Afinal, falar em nome de outras
tantas pessoas é algo delicado.
O que nos uniu naquela noite era a mútua admiração por um jogador que
pisou em solo gaúcho em 2008 e, desde então, arrebanhou milhares de
fãs e, além de taças, conquistou o respeito até mesmo dos torcedores
rivais.
Em campo tomou o vermelho e branco do Inter para si e honrou a camisa
como poucos. D'Alessandro foi além. Fora dos gramados o maior camisa
10 da história do clube também mostrou-se diferenciado. O cidadão
D'Alessandro também adotou as cores do Rio Grande do Sul. Como se aqui
vivesse desde guri promoveu o Lance de Craque - jogo beneficente que
há dois anos reúne estrelas do futebol mundial, no Beira-Rio, com o
intuito de ajudar pessoas carentes atendidas por instituições como
AACD, Educandário São João Batista, Centro Social Padre Pedro Leonardi
e Pão dos Pobres, em Porto Alegre, e Casa Aberta, em São Leopoldo.
E era sobre isso que tratava a placa em homenagem a ele. Mais do que o
carinho e respeito ao atleta, o reconhecimento ao cidadão Andrés
D'Alessandro.
Até agora, repassando na memória, fico me perguntando se consegui
expressar em palavras tamanha admiração. Sentimento que, confesso,
aumentou desde a chegada do gringo ao restaurante. D'Alessandro
realmente estava ali. E, quando me refiro ao estar ali, é porque
realmente ele demonstrava em gestos que não estava ali somente
cumprindo uma formalidade. As conversas nas mesas sempre com o olhar
atento ao que cada um falava, o bate-papo sobre futebol, o pedido de
atenção a todos os presentes ao discurso de homenagem e, por fim, seus
olhos marejados de emoção ao agradecer o carinho dos torcedores e ao
comentar sua ligação com o clube demonstravam envolvimento.
Por isso, o dia 24 de maio de 2016 eu levarei pra sempre na lembrança.
Foi o dia que fiquei frente-a-frente com D'Alessandro e, como todo
ídolo que se preze, ele só fez aumentar minha admiração. E tenho
certeza que cada um dos que estiveram lá também jamais esquecerão.
Gracias, Cabezón!
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