Texto: Lucas Collar | Foto: Mauro Schaefer | Estátisticas: Rafael Maciel
O aproveitamento de D’Alessandro na questão física em 2017 chama a atenção. Não que seja uma novidade, já que o capitão colorado sempre teve bons índices de rendimento e não teve a carreira marcada por lesões. Porém, após o empréstimo dele para o River Plate no ano passado e seu retorno em 2017 foi cercado de desconfiança quanto ao seu rendimento físico, já que o ano será longo e com jogos de muita intensidade na Série B do Campeonato Brasileiro.
Mas diferente do que muitos pensaram e falaram, D’Alessandro é um dos destaques do Inter na temporada. E não só no aspecto técnico. Pra quem imaginava que ele seria mais útil “fora de campo” e que por estar “velho” não jogaria muitos jogos, os números respondem: é o terceiro jogador do Inter que mais atuou em 2017 com 1850 minutos dentro das quatro linhas. Na sua frente, apenas o lateral-esquerdo Uendel e o volante Rodrigo Dourado.
Mas não satisfeito de estar presente, o que já é uma grande diferença, se pegarmos todo o ano de 2016, onde o Inter não teve um líder, um capitão de verdade ou alguém que chamasse a responsabilidade, D’Alessandro ainda faz a diferença tecnicamente. É o jogador que mais criou oportunidades de gol na temporada (109), marcou três gols e ainda tem sete assistências. Em média, por jogo, cria ou participa diretamente de três chances de gol.
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Estatiscas:Rafael Maciel |
Além disso, é notório que o argentino está correndo mais e mesmo sendo escalado em função que possuem exigências defensivas, como o tripé de volantes, D’Ale atua os noventa minutos em alto rendimento. Aliás, em 2016, em um campeonato muito mais pegado fisicamente em relação ao brasileiro, o capitão colorado foi um dos destaques do River Plate e não por coincidência, ergueu mais dois canecos na sua carreira: Recopa Sul-Americana e Copa da Argentina.
Por mais ídolo e craque que seja, D’Alessandro ainda, por incrível que pareça, ainda é contestado por alguma parte da torcida e/ou críticos especializados. O certo é que o ano de 2016, com a sua ausência, provou o quão importante ele é ao Inter dentro e fora de campo. E 2017 vem sendo um “cala boca” a quem ainda duvidava da capacidade do gringo fazer a diferença em favor do Inter.... mesmo no ano mais difícil da história do clube.
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