Texto: Lucas Collar | Foto: Ricardo Duarte
Uma coisa tem me chamado bastante a atenção nos últimos jogos do Inter na Série B do Campeonato Brasileiro. Depois da vitória de 2 a 0 diante do Oeste, na última terça-feira, poucos comentários apareceram sobre a entrega e importância técnica, anímica e tática que D’Alessandro exerceu durante todo o jogo. O principal destaque ficou por conta do cartão amarelo (bobo, é verdade), que recebeu no final do jogo e o que automaticamente lhe tira do jogo contra o Goiás na outra semana no Beira-Rio.
E isso não é uma exclusividade do jogo contra o Oeste. D’Alessandro tem servido novamente de “para-raios” de problemas do Inter novamente. Confesso que com sua ida ao River Plate no ano passado, coincidentemente ou não, o pior ano da história do Internacional, esse tipo de coisa não aconteceria. Mas o que se vê, principalmente nos resultados adversos, é a culpa sendo colocada nas costas do capitão colorada por “estar velho”, “não ajudar o time”, “ter salário altíssimo e não condizente com o que apresenta dentro de campo” e por ser um “desagregador de vestiário”.
Aliás, a pauta pós jogo contra o Oeste nas redes sociais, além do terceiro amarelo, também foi um gesto que D’Alessandro fez para Guto Ferreira para preencher o meio-campo e deixar o jogo mais tranquilo. Mas dos seus maiores críticos e também do próprio time, não vi nenhuma linha sobre sua recomposição ao lado de Charles e Edenílson em vários momentos do jogo, além de carimbar praticamente todas as jogadas de ataque do Inter com seu talento.
Eu vos afirmo: O Inter estaria muito bem se tivesse na figura de D’Alessandro os seus problemas. O momento é conturbado. A Série B é um longo caminho que exige e continuará exigindo paciência e foco dos jogadores, direção e torcedores para que ela termine ao final do ano com o objetivo principal sendo alcançado. Mas também é preciso acreditar e valorizar uma referência, um ídolo e um craque como D’Alessandro que está no Inter nessa caminhada difícil e abrindo mão de uma disputa de Copa Libertadores pelo River Plate e até mesmo de desafio novos em outros clubes que conseguem enxergar o que está difícil de alguns olharem em Porto Alegre e ver o quanto ele pode e deve agregar a um time de futebol.
Fiz uma postagem no calor do momento após o jogo, o critiquei por inúmeras suspensões.
ResponderExcluirSei bem de sua importância, como sei também de seu desgaste por elenco ter deficiências técnicas e antes físicas.
Passamos por muitos problemas desde o ano passado, os piores.
Talvez seja o receio de permanecer mais um ano com os mesmos problemas, que sei preocupam a todos.
Sempre desde 1974, quis o melhor ao nosso Inter, sempre.
Sou de uma família com menos um humaitá irmão e um Colorado pai, já falecidos. Mais dois irmãos humaitá.
Nosso Inter já passou por crises e nunca o abandonei, mesmo sob pressão quando criança.
Não sou fanático, mas sei também o que é pior e o que é melhor ao Inter.
Sempre usei da razão para avaliar tudo o que envolve o Inter, tudo o que é de meu conhecimento.
Porque muitas coisas só sabemos depois de concretizadas e muitas destas as vezes não são a nosso favor e é quando vivemos dias como os atuais.
Onde as incertezas, os descasos e desmandos, aliados a bandalheiras nos levam a situações indesejáveis, onde surgem os desentendimentos, a discórdia e a desunião do torcedor Colorado.
D'Alessandro com todo o respeito pelo homem que é e sei ser um pouco senão Colorado, lhe pessoa perdão por palavras impulsivas postadas, quando comentei sobre o que escutei na Band Rádio PoA.
Sei de sua total entrega a Camisa Colorada e de como é difícil ter que jogar limitado a déficit de apoio a jogo.
Encarecidamente me desculpo e sei que isto não interferirá na sua garra futura.
Gracias Hermano por tudo hoy y siempre
Evandro César Bitencourt dos Santos