Texto: Lucas Collar | Foto: Djalma Vassão - Gazeta Press
O Inter, enfim, se encontrou dentro das quatro linhas em 2017. O caminho foi longo, cheio de obstáculos e nada fácil. Um grupo totalmente novo, com muitas novas caras e outras, marcadas pelo rebaixamento, saíram. Zago chegou, tentou implementar um sistema de jogo e deixou um bom legado para Guto Ferreira, que está conseguindo dar resposta e potencializando as boas individualidades do grupo com o coletivo sendo prioridade.
E a quanto tempo não ouvíamos a palavra coletividade no Inter? Na maioria dos jogos, desde a reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado, os bons resultados eram individualizados, assim como os inúmeros tropeços que culminaram no rebaixamento. Neste ano, D’Alessandro por exemplo, que não tem a marca do rebaixamento, chegou a ser comparado com Fumagalli e, novamente, ser taxado como problema do Inter. Pois bem. Diante do Guarani, com o coletivo forte, foi um dos grandes nomes a vitória com grande movimentação, criatividade, dedicação e qualidade.
No auge dos 36 anos, D’Alessandro ajudou o time na recomposição defensiva ao lado de Eduardo Sasha e, posteriormente, Camilo. Serviu os atacantes e por pouco não acertou um belo chute da meia lua com a perna direita. São coisas que parecem simples e que o torcedor está acostumado a ver desde 2008 em Porto Alegre, mas que pouco se valoriza. Por vezes não lembramos, mas ele abriu mão de uma Libertadores da América e da idolatria no River Plate, para jogar a Série B pelo clube e ser um dos pilares dessa reconstrução da autoestima do clube como um todo.
A vaga para a Série A não está garantida. Ainda faltam, pelo menos, mais nove vitórias. Mas o torcedor colorado pode ter certeza que o pior já passou. O coletivo está forte, potencializando individualidades e a sintonia com a torcida parece cada dia mais afinada. Demorou... mas as coisas parecem estar voltando, aos poucos, para a sua normalidade pelos lados do Beira-Rio.
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