Capitão de nossa Seleção! D'Alessandro. Por Cris Veiga

D'Ale saudando a torcida no Gigante. Foto Alexandre Lops

Quando se iniciam preparativos para uma Copa do Mundo, esperasse que cada selecionado nacional leve o que tiver de melhor, o que melhor represente seu país, honre sua camisa, que seja capaz de orgulhar sua nação.

Esperei a cada convocação para amistoso. Alertei a AFA enviando uma carta aos cuidados de seus diretores, e aos jornais de Buenos Aires. Acompanhei especulações. Aguardei a imprensa. Torci para que estivessem errados. Esperei a lista dos pré selecionados para a Copa no Brasil... Eles estavam certos: D'Alessandro não estava entre os selecionados para disputar a Copa do Mundo 2014 pela Argentina. Ele próprio estava certo de que não estaria.

É aí que me pergunto se tudo o que é feito em, no mínimo, um ano não serve como carta de apresentação ? Ter atuações de luxo em praticamente todas as partidas em que participa defendendo a camisa do seu time e sustentando a braçadeira de capitão, se destacando como um dos melhores, senão o melhor, jogador a cada partida, ser escolhido por uma agência estrangeira de grande credibilidade, como o melhor estrangeiro em atuação no Brasil, tendo vários quesitos analisados ao longo do ano inteiro, entre tantos destaques na competição nacional, não é suficiente ao menos para chamar a atenção do treinador da seleção de seu país?!

Um jogador que honra a camisa que veste há 6 anos, sendo referência técnica para seus colegas, adversários e para a imprensa nacional, sendo símbolo dedicação e exemplo profissional, certamente tem qualidade suficiente para vestir o uniforme de sua seleção.

GRENAL da Resistência!

Mas como muito tem se falado ultimamente, o mundo do futebol tem muitos 'mistérios' que convém nem sabermos. Tem coisas que a lógica não explica.

É lógico que nós, tua família colorada, queríamos e sonhávamos muito em te ver honrando tua Pátria dentro do estádio que é tua casa, onde és nosso rei, nosso grande ídolo, nosso símbolo de entrega e profissionalismo. Mas não foi possível...

E hoje, assistindo tua Argentina na disputa pelo título mundial, só quero te dizer que para nós, o sentimento não é de revolta, mas sim de compreensão de que no mundo do futebol ser gênio, não é garantia de unanimidade, mas com certeza é garantia de honradez, e me tranquilizo em saber que não é por teu futebol que estás fora da seleção.

Mas é por teu futebol, caráter, personalidade, liderança e garra, que és o ídolo colorado! Maestro, capitão e aquele que nos enche de confiança, que somos capazes sim de ganhar grandes títulos! Somos gigantes, exatamente como tu, nosso Capitão!