domingo, 2 de abril de 2017

D'Ale voando em campo? Saiba por que!




Fonte: UOL | Foto: Lauro Alves
Beirando os 36 anos e já pensando em aposentadoria, seria natural que um jogador de futebol tivesse uma queda física. Correr menos, encontrar 'os atalhos' do campo. Mas não é o que parece ocorrer com D'Alessandro. Um dos jogadores que mais corre nos jogos do Inter, o camisa 10 relaciona a boa forma física com cuidados, treinos especiais e até a passagem pelo futebol argentino. 
D'Ale não cansa de repetir, sempre que pode, que a passagem por sua terra natal o mostrou um futebol muito mais físico do que técnico ou tático. A briga para se firmar por lá, que acabou sendo vencida já que ele foi titular na maioria do jogos pelo River Plate, demandou um ganho de condição que se reflete até hoje. 
"Encarei um futebol muito mais forte fisicamente na Argentina. Talvez não tão bonito, mas muito mais de disputas físicas. Sabia que seria complicado. Disputei posição com meninos de 20, 21, 22 anos, e fui titular lá. Isso me deu uma alegria muito grande. Foi um ganho na minha carreira", disse D'Alessandro. 
Os reflexos do ganho físico na Argentina ainda são facilmente vistos nos jogos pelo Inter. D'Alessandro se mantém entre os jogadores que percorrem o maior percurso em campo durante os jogos. Foi 'quem mais correu' em mais de uma oportunidade na temporada. 
"Eu faço um trabalho especial, comecei no ano passado com professor do River. Porque eu voltava ao futebol muito mais físico e mais forte que o que a gente estava acostumado lá. Eu acompanhava, mas uma coisa é assistir o jogo, outra é jogar depois de 13 anos. Foi muito diferente. A medida que passa o tempo vamos cuidando diferente. Tem que ser muito mais profissional, se cuidar com a comida, coisas que lá na frente podem ser muito positivas para jogar um ano ou dois anos a mais. Temos vários exemplos, com 38, 39 anos. Fora os goleiros, temos muitos exemplos", afirmou D'Ale. 
Nem mesmo as previstas preservações estão ocorrendo com frequência. Nesta temporada ele disputou 11 das 17 partidas do Inter na temporada. O líder em participações é Danilo Fernandes, com 14. Uendel e Rodrigo Dourado têm 13 jogos. Depois já vem o gringo ao lado de Charles, empatado em jogos. 
"Me preocupo com minha parte física. O cara que começou a andar de bicicleta com 3 anos, não esquece com 70. Esquecer de jogar, não vou esquecer nunca. Mas com o decorrer do tempo se vai deteriorando, tudo custa mais, tem que fazer reforço, se cuidar, treinar mais, ser mais profissional. Meu foco é este. Dentro do campo a gente resolve e assume a responsabilidade. Mas fisicamente eu me preocupo mais. Quero tentar jogar a maioria dos jogos e ser útil para o grupo e o treinador, podendo ajudar para que no final do ano estejamos comemorando", admitiu D'Ale. 
E até mesmo recuado. D'Ale começou a temporada atuando aberto pelo lado direito do meio-campo. Precisava recuar e marcar o lateral adversário. Em seguida foi fixado como armador, onde está habituado a jogar. E agora está atuando no trio de marcadores do meio, quase como volante. 
"É um jogador que se coloca sempre disponível para o que procuramos traçar. A sequência de jogos vai fazer com que ele sinta a parte física. Isso já foi conversado no início. É um jogador que a cada três ou quatro jogos precisa descansar um. Já tive essa idade, como zagueiro, e foi isso que aconteceu quando tinha 36 anos. Ele movimenta muito, sempre procura o jogo, e teremos este problema quando ele não estiver em campo", disse o técnico Antonio Carlos Zago. 
D'Ale completa 36 anos no próximo dia 15. Tem contrato com o Internacional até o fim desta temporada e nem ele nem a direção do clube consideram o momento ideal para iniciar a conversa para renovação. Ao mesmo tempo, ele garante que se o clube quiser, irá permanecer em 2018. 

Um comentário:

  1. 2018, 2019, para sempre no Inter. Enquanto os guris estão sempre do DM, ele corre, se esforça, tem força, tem velocidade, tem amor pelo time. Eu amo de paixão.

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