A noite em que D'Alessandro chegou a Porto Alegre para atuar no Inter
Em 30 de julho de 2008, o argentino assistiu jogo com o Santos no Beira-Rio
D'Alessandro completa cinco anos com a camisa do Inter
Foto:
Diego Vara/ Agência RBS
Leandro Behs
Fernando Carvalho havia voltado ao Inter para que Tite pudesse
assumir o time. Abel Braga havia saído após o Gauchão, para o
Al-Jazeera, e Vitorio Piffero, então presidente, tinha resistência ao
novo treinador, devido a "seu passado gremista".
Com Carvalho de volta ao futebol, ao lado do então vice, Giovanni Luigi, o Inter foi às compras na janela. E buscou, no San Lorenzo, o camisa 10 que no começo de carreira foi apontado na Argentina como um dos muitos novos Maradona: D'Alessandro.
Após uma demorada negociação, na qual o Inter e o investidor Delcir Sonda pagaram 5 milhões de euros mais os direitos do meia Tales ao Zaragoza (clube que detinha parte do vínculo de D'Alessandro), o meia canhoto argentino chegou a Porto Alegre ao final da tarde de 30 de julho de 2008, uma quarta-feira de rodada do Brasileirão. Descansou por algumas poucas horas no Hotel Sheraton e, em seguida, dirigiu-se ao Beira-Rio.
Infográfico conta a trajetória vitoriosa de D'Alessandro no Inter
Naquela noite, o Inter enfrentaria o Santos pré-Neymar. A noite deveria ser de Daniel Carvalho. Com a camisa 99 às costas, Daniel havia sido apresentado antes da partida. Nas arquibancadas do antigo Beira-Rio, a torcida entoava um "Ôôôôô, o Daniel voltou, o Daniel voltou...".
Isso até D'Alessandro surgir nas suítes. Jaqueta preta, jeans cinza, cabelo raspado dos lados e piercing logo abaixo do lábio direito. Bom, aí o estádio inteiro desistiu do jogo, que ficou em segundo plano, e os olhares se voltaram para a suíte número 7, onde o argentino tentava se sentar.
Sim, porque acomodar-se era impossível. Assim que D'Alessandro foi identificado, uma romaria teve início. Dos elegantes colorados nas suítes ao povão na inferior, todos queriam ganhar a atenção do camisa 15 - a 10 já pertencia a Alex. Na inferior, valia ganhar pezinho, ficar na ponta dos pés para enxergar o meia e até mesmo atirar bonés e camisas para que o meia assinasse.
E D'Alessandro, ainda surpreso com o carinho, autografava tudo o que via pela frente. Cansou de tirar fotos e, do pouco que viu do jogo, perguntou quem era o camisa 7. Era Taison, que depois seria um de seus grandes amigos no clube.
O Inter perdeu aquela partida para o Santos, em um erro de Danny Morais e gol de Maikon Leite. Pouco importou aos colorados, que caíram para a nona colocação do Campeonato Brasileiro. Um novo rei estava surgindo no Beira-Rio: D'Alessandro.
Se Figueroa elevou o Inter a um outro nível, com a conquista do Brasileiro de 1975, D'Alessandro conduziu o Inter à conquista da Libertadores de 2010. Cumpre cinco temporadas de Inter, assim como as de Figueroa. Assim como o capitão chileno, o capitão argentino já ganhou uma morada no panteão dos heróis colorados.
Com Carvalho de volta ao futebol, ao lado do então vice, Giovanni Luigi, o Inter foi às compras na janela. E buscou, no San Lorenzo, o camisa 10 que no começo de carreira foi apontado na Argentina como um dos muitos novos Maradona: D'Alessandro.
Após uma demorada negociação, na qual o Inter e o investidor Delcir Sonda pagaram 5 milhões de euros mais os direitos do meia Tales ao Zaragoza (clube que detinha parte do vínculo de D'Alessandro), o meia canhoto argentino chegou a Porto Alegre ao final da tarde de 30 de julho de 2008, uma quarta-feira de rodada do Brasileirão. Descansou por algumas poucas horas no Hotel Sheraton e, em seguida, dirigiu-se ao Beira-Rio.
Infográfico conta a trajetória vitoriosa de D'Alessandro no Inter
Naquela noite, o Inter enfrentaria o Santos pré-Neymar. A noite deveria ser de Daniel Carvalho. Com a camisa 99 às costas, Daniel havia sido apresentado antes da partida. Nas arquibancadas do antigo Beira-Rio, a torcida entoava um "Ôôôôô, o Daniel voltou, o Daniel voltou...".
Isso até D'Alessandro surgir nas suítes. Jaqueta preta, jeans cinza, cabelo raspado dos lados e piercing logo abaixo do lábio direito. Bom, aí o estádio inteiro desistiu do jogo, que ficou em segundo plano, e os olhares se voltaram para a suíte número 7, onde o argentino tentava se sentar.
Sim, porque acomodar-se era impossível. Assim que D'Alessandro foi identificado, uma romaria teve início. Dos elegantes colorados nas suítes ao povão na inferior, todos queriam ganhar a atenção do camisa 15 - a 10 já pertencia a Alex. Na inferior, valia ganhar pezinho, ficar na ponta dos pés para enxergar o meia e até mesmo atirar bonés e camisas para que o meia assinasse.
E D'Alessandro, ainda surpreso com o carinho, autografava tudo o que via pela frente. Cansou de tirar fotos e, do pouco que viu do jogo, perguntou quem era o camisa 7. Era Taison, que depois seria um de seus grandes amigos no clube.
O Inter perdeu aquela partida para o Santos, em um erro de Danny Morais e gol de Maikon Leite. Pouco importou aos colorados, que caíram para a nona colocação do Campeonato Brasileiro. Um novo rei estava surgindo no Beira-Rio: D'Alessandro.
Se Figueroa elevou o Inter a um outro nível, com a conquista do Brasileiro de 1975, D'Alessandro conduziu o Inter à conquista da Libertadores de 2010. Cumpre cinco temporadas de Inter, assim como as de Figueroa. Assim como o capitão chileno, o capitão argentino já ganhou uma morada no panteão dos heróis colorados.
Simplesmente inesquecível!!!!
ResponderExcluirD'Ale vc mora no meu <3 !!!! Luinter
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