Dia
02 de fevereiro de 2014, dia da estreia do time titular do Inter no campeonato
gaúcho.
Passei
o final de semana na praia, um mar de sonhos, água morna, cristalina e poucas
ondas. Família reunida, amigos... Tudo para que o domingo de sol fosse estendido
e aproveitado ao máximo.
Mas
como deixar de estar presente no estádio e ver meu Inter titular em campo? Como
não acompanhar o primeiro gol do ano a ser marcado pelo meu ídolo D’Alessandro
(não sou vidente, mas tinha certeza de que marcaria)? Sendo assim, juntei as
malas o mais rápido que pude, me despedi dos amigos, ignorei aquele mar de
cinema e me toquei para o Estádio do Vale (com meu ingresso comprado, que não
sou boba nem nada)! Quando achamos um local para estacionar, senti o primeiro
arrepio: ouvi a torcida cantando “D’Alessandroooo, e dá-le D’Alessandroooo”!
Seria um aviso de que minha certeza se tornaria realidade?!
Ao
encontrar um lugar em meio ao formigueiro vermelho, tive o prazer de ver um
time organizado em campo, com o D’Ale apresentando maior liberdade, com
companheiros na armação das jogadas! Oba, espero que enfim o peso de carregar o
time nas costas seja dividido!
Vi
um D’Alessandro participativo, combativo e com a qualidade de sempre! Vi
algumas vezes um D’Alessandro sentindo a falta de entrosamento proporcionada
pelo pouco tempo com os novos companheiros e consequentemente, os mesmos não
entendendo suas jogadas e as chances desperdiçadas se empilhando.
Mas
foi então que vi o que já estou tão acostumada: o maestro conseguindo furar a
defesa adversária e marcando gol, no mínimo espaço que pode encontrar entre a
zaga! Gooollllll, goooollll!!! Que lindo gol! Em uma fração de segundos pensei
que iria comemorar frente à torcida e eu ali, há léguas... Mas não, tive a
sorte grande de vê-lo comemorar ali, na minha frente! A chance de tirar muitas
fotos!
Que nada, para
variar me emocionei, vibrei, chorei e esqueci de registrar o momento... L Mas quando lembrei,
consegui registrar os momentos em que comemorou abraçado aquele que disseram
ter brigado, aquele que sabidamente é um dos seus grandes amigos no clube!
Registrei a linda comemoração dele com Rafael Moura e Alex! Mas registrei na
minha memória a comemoração que considero a mais linda de todas: beijos
apaixonados à família, à esposa, aos que estão sempre ali ao seu lado, nas boas
e nas más! Que são verdadeiramente os grandes responsáveis pelo que representa
para a torcida, para o Inter! Sem o apoio de seus familiares, certamente seria
mais difícil chegar onde chegou.
E o gol foi o
60º marcado com a camisa colorada! 252 jogos de pura garra, comprometimento,
qualidade, dedicação, liderança e emoção! Emoção dele, que sabe o quanto
representa para a torcida, emoção nossa, que sabemos tudo o que ele é, tudo o
que significa para cada um dos seus fãs! Sabemos seu significado para a
história do clube!
É muita honra,
muito orgulho em ser fã do maior camisa 10 que meu Inter já teve! Honra que
deixei registrada na Cápsula do Tempo e meus netos terão conhecimento daqui há
45 anos, quando a cápsula será aberta para leitura, que aqui jogou um ‘monstro’
argentino, um cara que ama o que faz, que ama seus fãs e sua família! Um cara
íntegro, com princípios e comprometimento com o time que representa, fiel a
seus amigos e grato ao carinho que recebe! Um jogador fora do normal, acima da
média e que ainda se emociona a cada gol marcado, a cada título conquistado!
Enfim, concluo
que valeu a pena deixar a brisa do mar para trás e compartilhar mais um momento
inesquecível com meu ídolo! E ver que a sua importância é destaque até mesmo
quando impede maiores estremecimentos entre seus amigos e a torcida colorada!
D’Ale, a idolatria é teu estado de direito! Nenhum outro lugar pode ser ocupado
por alguém tão especial como és! E a cada jogo sinto mais orgulho em usar a
camisa com teu nome!
Fotos: Cristiane Veiga
Fred Colorado
Alexandre Lops
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