sábado, 23 de fevereiro de 2013

Por Alexandre Ernst . alexandre.ernst@zerohora.com.br



  Como se a rivalidade que chegará a 396 partidas não fosse suficiente para mobilizar a metade azul e vermelha do Estado. Ou eliminar da Taça Piratini o maior entre os rivais não rendesse uma boa corneta por dias e mais dias. Como se o Gauchão fosse algo secundário e o orgulho por ser "dono" do Rio Grande não pudesse ser demonstrado em demasia.
Estes três ingredientes poderiam resumir o que significa a partida do próximo domingo, a partir das 16h. Mas, para D'Alessandro, entrar em campo no Estádio Centenário terá um sentido a mais. Será a partida de número 200 do argentino com a camisa do Inter. O 17º clássico da carreira. Uma (nova) oportunidade de protagonizar o principal confronto do RS. Como se D'Alessandro precisasse de motivação extra para atuar em um Gre-Nal.
O gringo tenta deixar de lado a marca pessoal e se foca no clássico. O problema é que, fora Índio, é o atleta do grupo profissional do Inter que mais disputou Gre-Nais. Impossível não lembrar das sete vitórias e cinco empates _ e das (apenas) quatro derrotas. Um dado curioso: nos clássicos em que balançou a rede _ D'Alessandro já marcou seis gols em Gre-Nais _ o Inter jamais saiu de campo derrotado.
_ O principal é o clássico. Essa quantidade de jogos é muito importante para mim, algo que não consegui em nenhum clube. Mas o objetivo maior é o coletivo, ainda mais por ser um Gre-Nal _ disse o camisa 10 nesta quinta no Parque Gigante _ A gente sabe o que o Gre-Nal significa para o torcedor.
A declaração não é protocolar. No treinamento, durante o coletivo que praticamente definiu o time com Ygor e Josimar como volantes e Ronaldo Alves e Rodrigo Moledo na zaga, D'Alessandro não parou um minuto. Com a marca de quem está prestes a completar um ano como capitão do Inter, conversou com Dunga. Gesticulou com Fred sobre o posicionamento de um contra-ataque. Pediu velocidade na saída de bola de Fabrício.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de enfrentar os principais jogadores de Vanderlei Luxemburgo _ e não um time misto, como no Gre-Nal de Erechim, na fase classificatória _ soube driblar a pergunta do repórter. Ainda que a repercussão da vitória gremista em cima do Fluminense, pela Libertadores, por 3 a 1 repercuta no Beira-Rio, respondeu sem titubear: quem é melhor? Grêmio ou Inter?
_ Se falar de entrosamento, até poderíamos dizer que estamos na frente.
Se D'Alessandro está certo ou não, o fim de tarde de domingo dirá.












0 comentários:

Postar um comentário